“Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver os juros abaixar”, esse foi o grito entoado pelos sindicalistas que estiveram presentes no ato organizado pelas centrais sindicais – Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB e CTB – na manhã da terça-feira (19), em frente à sede do Banco Central, em São Paulo.
Nossos dirigentes “Paulão”, Carlos Augusto “Serrote”, Edivan, Gilberto “Gilzinho”, José Ailton, Josenildo, Lucivando e o companheiro Edson, presentes ao ato, engrossaram o coro que se cada um fizer em separado a sua luta, o trabalhador sairá perdendo e que a união neste ato é muito importante para a retomada da união de todas as centrais em favor dos direitos da classe trabalhadora que só vem perdendo com o desemprego e a alta da inflação.
Os diversos dirigentes das centrais enfatizaram a necessidade da união pela luta contra os ataques aos direitos trabalhistas que este governo está tentando impor contra a classe trabalhadora.
Abaixo algumas falas dos dirigentes das centrais presentes neste ato.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, ressaltou a importância desta atividade unitária envolvendo todas as centrais sindicais. “Hoje estamos realizando um ato contra os juros altos. Estamos retomando a unidade de ação do movimento sindical, na luta contra a retirada de direitos, em um momento difícil que o país atravessa”... “Vamos promover uma jornada de luta em torno dos interesses da classe trabalhadora e elaborar uma agenda unitária que visa o enfrentamento desta política adotada pelo governo contra os direitos trabalhistas e previdenciários”, afirmou Juruna.
“A indústria nacional atravessa uma de suas piores crises, com números de desemprego cada vez maiores no setor”, alertou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT que ressaltou que a queda na taxa de juro, neste momento, significa o aumento no investimento na produção e consequente abertura de postos de trabalho. “Os trabalhadores não vão pagar o pato”, afirmou Nobre, num recado para a Fiesp. “As campanhas salariais serão duras com muita resistência patronal, mas não vamos admitir um reajuste sem aumento real”.
O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, lembra que atualmente o país tem uma das maiores taxas de juros praticadas em todo o mundo, e está 14,25% ao ano, o que compromete a renda da classe trabalhadora. “Esse país não seria nada se não fossem os trabalhadores lutando por melhores dias e para nossa economia crescer, mas com a taxa SELIC em patamares exorbitantes e os juros praticados pelos bancos, que beira os 600% é um absurdo e um assalto ao bolso dos trabalhadores e dos consumidores”.
O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, lembrou que “organizar a luta em conjunto com todas as centrais mostra a força da classe trabalhadora contra os juros altos, mas principalmente mostra que os trabalhadores estão atentos e não vão permitir que o governo adote medidas que acabam com os direitos conquistados através de lutas e mobilizações”.
“O país não vai crescer com juros altos, ao contrário, alta taxa de juros é transferir a renda dos trabalhadores para as mãos dos banqueiros”, disse o presidente da NCST/SP, Luiz Gonçalves.
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