Estamos em negociação com quatro setores da nossa categoria e nenhum deles, como você verá abaixo, está disposto a fazer uma negociação honesta e respeitosa aos seus trabalhadores mesmo estando com a nossa economia se reaquecendo, como dizem os nossos meios de comunicação e os institutos que fazem esta medição.
Os patrões estão se aproveitando do momento que estamos sendo ameaçados, por todos os lados, pelas reformas propostas por um governo que se apossou do poder para, descaradamente, jogar nossos direitos e garantias na lata do lixo.
O que já era difícil está se tornando impossível, mas não arredaremos pé das nossas conquistas e dos nossos avanços, iremos mobilizar todos os trabalhadores destes setores e se preciso for, usaremos a nossa arma mais temida pelos patrões: a GREVE.
Estes ataques contra os trabalhadores nos fortalecem, e nas assembleias que estamos realizando e continuaremos a realizar, nestes e em outros setores, vamos mobilizar todos os trabalhadores para quebrarmos as ameaças e a intransigência patronal e gritar bem alto que é para eles ouvirem:
TRABALHADORES NA LUTA POR NENHUM DIREITO A MENOS!
CARNES E DERIVADOS |DATA BASE 1° DE ABRIL | INPC/INFLAÇÃO – 4,56%
Esta negociação é em nível estadual coordenada pela nossa federação, FETIASP.
Este setor é o primeiro a negociar da nossa base, mas como de costume, há anos, usam deste artificio sendo um dos últimos a fechar a negociação, apesar do índice de inflação ser de 4,56%, nos últimos 12 meses.
Os patrões deste setor, que agrega grandes empresas nacionais, todos os anos apresentam propostas ridículas, mas esse ano se superaram e não fizeram nenhuma proposta até agora. Já na segunda reunião, falam em dividir qualquer que seja o valor acordado em duas vezes, uma em abril e outra em outubro.
DOCES E CONSERVAS | DATA BASE 1º DE MAIO | INPC/INFLAÇÃO 3,99%
Este é um dos setores da economia que menos sofreu com os desmandos deste governo, mas para continuarem na proposta de empobrecer ainda mais o trabalhador brasileiro estão agindo com a mesma falta de respeito dos outros setores.
Nestes últimos meses fizemos vários acordos para modificação de jornada a fim de atender as necessidades de produção de empresas deste grupo, e o que se vê agora é a mesma choradeira em retirar conquistas e a mesma intransigência em avançar em algumas cláusulas.
Seus negociadores, já que os patrões não estão aparecendo nas reuniões, estão colocando em prática o velho artifício de usarem as pequenas empresas para dificultar as negociações.
Na segunda reunião, na última terça-feira (30/05), tiveram a audácia de oferecer 3% de reajuste nos salários e na cesta básica, além de sugerirem a modificação, para pior, de diversas cláusulas já garantidas na nossa convenção coletiva. Vale lembrar que a inflação dos últimos 12 meses está em 3,99%.
RAÇÕES BALANCEADAS | DATA BASE 1° DE MAIO | INPC/INFLAÇÃO – 3,99%
Esta negociação é em nível estadual coordenada pela nossa federação, FETIASP.
Este é um setor que não pode reclamar da crise, teve um crescimento de 19% no seu faturamento. O setor “pet” é o que mais cresce no Brasil, e o setor do agronegócio é o que traz mais resultados para nossa economia.
Já na segunda reunião, e apesar de todas estas evidências, os negociadores seguindo a mesma cartilha adotada contra os trabalhadores, estão tentando fazer das negociações um picadeiro, pois as propostas apresentadas são verdadeiras piadas aos nossos ouvidos. Eles acreditam que os trabalhadores irão aceitar 80% da inflação, ou seja, 3,19% de reajuste, já que o índice está em 3,99% nos últimos 12 meses.
AZEITE E ÓLEO | DATA BASE 1° DE MAIO | INPC/INFLAÇÃO – 3,99%
Já fizemos a primeira reunião com este setor, que é composto por grandes empresas nacionais e pelas maiores multinacionais do segmento da alimentação.
Os representantes dessas empresas estiveram presentes na negociação, que não diferente dos outros segmentos, também tentaram fazer com que, mais uma vez, os trabalhadores paguem a conta.
Como não houve proposta na primeira reunião deixamos claro que não vamos admitir negociações que retirem direitos e conquistas das nossas convenções coletivas.
Este é um setor composto, na sua maioria, por setores administrativos que as empresas usam como artificio para proporem índices baixos para reajustes, alegando que grande maioria destes trabalhadores têm inúmeros incentivos transformados em bonificações salariais. Nós estamos “vacinados” e não vamos recuar nas conquistas para todos os trabalhadores.
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