O nosso presidente, “Carlão da Alimentação”, acompanhado das nossas dirigentes Goreth, Celia, Vanessa, Conceição e várias trabalhadoras da nossa base, participaram ontem, terça-feira, 21/03, do evento promovido pela nossa federação Fetiasp em homenagem ao Março Mulher.
“Carlão da Alimentação” na sua fala enfatizou a importância da mulher para o desenvolvimento da nossa sociedade, e que mesmo com todas as dificuldades em serem reconhecidas estão cada vez mais ocupando seu merecido espaço. Disse ainda que:
“Não podemos aceitar um desmonte da nossa previdência onde a mulher, mais uma vez, será prejudicada. Temos que lutar todos juntos, lado a lado e evitar este retrocesso”
Durante o encontro todas as mulheres participaram dos debates de temas fundamentais para o cotidiano das pessoas como a reforma da Previdência, a violência doméstica e o tráfico de mulheres.
“O debate que fizemos serve para nos fortalecer na defesa dos nossos direitos”, destacou Telma Regina Barbosa Bueno, secretária da Mulher da Fetiasp.
“Quando a mulher ingressou no mercado de trabalho diziam que o seu salário era para complementar a renda da família. Hoje, a situação mudou e muitas são chefes de família”, disse Antonio Vítor, presidente da Federação, acrescentando que a meta da entidade é prestigiar a mulher. “Conversei muito com o companheiro Araújo (Melquíades de Araújo, ex-presidente da Federação) e na próxima diretoria a companheira Neuza assumirá a vice-presidência da Fetiasp, por mérito”, informou.
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional das Mulheres da Força Sindical, defendeu maior participação das mulheres nos cargos de direção das entidades sindicais e a ratificação da Convenção 156, que trata da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito do trabalho, e, também, no que se refere às responsabilidades familiares.
Sem comemoração – “A coisa está feia e nós mulheres não temos nada a comemorar. Ganhamos salário 30% menor que os homens para exercer a mesma função e ocupamos apenas 5% dos cargos de chefia”, ressaltou a advogada Tonia Galleti, coordenadora do Departamento Jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados, que fez a palestra da reforma da Previdência na Fetiasp.
Tonia criticou os homens que usam argumentos de que as mulheres não aceitam outras mulheres como chefes. “Homem faz fofoca e passa rasteira. Não queremos cota. Queremos igualdade. Quem tem que pedir cota são os homens já que somos maioria”, afirmou.
Antes de entrar no tema Previdência, a advogada disse: “estamos assistindo no Brasil o desmonte do estado social de direito. A Câmara dos Deputados colocou em pauta a terceirização, que acaba com o trabalho. Não há Previdência Social sem trabalho. A Previdência só existe porque há trabalhador, sem trabalhador a Previdência vai viver de quê? Não acredito no negociado sobre o legislado no Brasil porque não estamos em situação de igualdade entre trabalhadores e empresários”.
“Os defensores das reformas começaram pela Previdência Social (começaram pelo fim) para não dar clareza sobre os planos que vão colocar em práticas sobre o fim do trabalho celetista (pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho)”, alertou Tonia. Para ela, as mulheres e os rurais serão os mais prejudicados.
Estão previstas mudanças em 130 itens na reforma da Previdência, mas as principais são: idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres; aumentar de 15 anos para 25 anos o tempo que o trabalhador precisa contribuir para ter direito ao benefício; mudança no cálculo da aposentadoria. Não conta os maiores salários, mas a média dos salários (menores e maiores tudo junto).
“Precisamos enviar e-mails para os parlamentares contra a reforma da Previdência”, afirmou. Na sua opinião, os cidadãos devem se perguntar “o que vai ser da sociedade? Que tipo de estupidez está rondando o Brasil? ”.
Outras palestrantes foram Joseane Andrade Silva Bernardes, da entidade Mulhereviva, sobre Violência contra Mulheres e Jaqueline Leite, sobre o tráfico internacional das mulheres.
Também homenagearam as mulheres o secretário-geral da Uita (União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação), Gerardo Iglesias; presidente da Força Sindical-SP, Danilo Pereira da Silva, o vice-presidente da CNTA (Confederação da categoria), Artur Bueno Filho e vários dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de SP.
A data fixada internacionalmente é 8 de março, mas as entidades sindicais fazem manifestações durante todo o mês de março, por isto o nome “Março Mulher”.
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FONTE: Imprensa Fetiasp (com acréscimos e adaptações)