LUTAR CONTRA A PERDA DE DIREITOS
Na última quarta-feira, 14/06, encerrou-se o 8º Congresso Nacional, que começou no dia 12/06 na cidade de Praia Grande/SP. Durante três dias mais de 2.300 delegados inscritos de 28 delegações, incluindo a estrangeira, debateram o Projeto de Resolução, uma espécie de guia que norteou as discussões.
Nosso sindicato participou efetivamente dos debates travados nos diversos grupos de trabalho e também apresentou ideias para o debate.
Nosso presidente Carlos Vicente, mais conhecido como “Carlão da Alimentação” e os dirigentes que participaram do congresso fizeram ser aprovadas algumas moções de repúdios contra trabalhadores e povos de várias partes do mundo, como por exemplo, ataques contra o povo do Saara Ocidental, Republica Árabe Saarui Democrática (RASD).
Levamos também uma carta aberta com proposições, para se debater durante o congresso, como:
- Ampliação da participação das mulheres;
-Luta pela defesa de igualdade salarial entre homens e mulheres;
-Renovação política e alternância de poder na estrutura sindical;
-Investimentos na formação de quadros;
-Liberdade de organização nos locais de trabalho;
-Eleições diretas e uma assembleia constituinte
-Defesa da Reforma Política.
Nos grupos apresentamos várias propostas para a aceleração para a retomada da economia como por exemplo: correção da tabela do imposto de renda e criação de uma nova alíquota, diminuição dos juros, incentivos e crédito para as pequenas e médias empresas, taxação das grandes fortunas, incentivar a agricultura familiar e defesa em organismos internacionais da empresa nacional.
Cobramos também, da direção nacional da Força Sindical, uma atenção maior para os cursos de formação de dirigentes, bem como que se faça uma comunicação mais efetiva daquilo que é discutido nos diversos eventos internacionais que participamos.
Em todos os grupos as decisões foram a unidade da Central e a continuidade da luta contra projetos que retiram direitos.
Paulo Pereira da Silva, mais conhecido como “Paulinho da Força”, presidente da Força Sindical, afirmou no encerramento do Congresso que, por três dias, os trabalhadores debateram os temas propostos e saíram com muito mais informações. “Vieram pessoas dos 26 estados e do Distrito Federal e de todas categorias. Saí do Congresso com mais unidade. A Força não é forte só no nome, mas forte na base, na mobilização e enfrentará as reformas trabalhista e previdenciária”, declarou.
Paulinho defendeu também o diálogo para garantir direitos e ampliar nossas conquistas. A mobilização continua, destacou. “No dia 20 terá um ‘esquenta’, e as centrais ainda vão se reunir para decidir o que será feito no dia 30 de junho”.
O secretário-geral da Força João Carlos Gonçalves “Juruna” o 2º vice-presidente Miguel Torres e o 1º secretário Sergio Luiz Leite leram os nomes dos integrantes da executiva da Central. A direção é composta de 580 dirigentes sindicais. A Central continua sendo presidida pelo presidente Paulinho, Juruna na Secretária-geral; Melquíades Araújo como 1º vice-presidente e Miguel Torres como 2º vice-presidente.
No Congresso, foi aprovada também uma moção de repúdio à perseguição política feita ao presidente da Força desde 2002, quando Paulinho foi candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes à Presidência da República.
Mulheres
Durante o Congresso, as mulheres lutaram e conseguiram a participação de 30% nos cargos de direção da Central e, para o próximo Congresso, poderão chegar a 50%. A decisão foi comemorada pelas trabalhadoras, que resistiram para ter essa reivindicação atendida. Paulinho cumprimentou-as pela garra. Participaram do Congresso 322 delegadas sindicais.
Carta da Praia Grande
Foi aprovada também a Carta da Praia Grande, na qual os sindicalistas resolvem o seguinte:
- Atuar com todas as forças progressistas desenvolvimentistas do país, e cerrar fileiras na construção de uma sociedade em que as relações de trabalho sejam justas e inclusivas;
- Alertar aos segmentos do capital predatório que, para um desenvolvimento sustentável e produtivo, faz-se necessário equilíbrio entre os direitos dos trabalhadores e dos interesses desenvolvimentistas, em uma parceria de compromissos em favor do bem comum;
- Reafirmar nossa luta e a necessidade de unidade de ação em prol de uma sociedade justa, com emprego, renda, saúde, educação, transporte, moradia e dignidade para todos.
Leia a Carta da Praia Grande aprovada durante o 8º Congresso da Força Sindical clicando aqui
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