Aos eleitores e eleitoras de Bolsonaro e a todos e todas que são contra os direitos trabalhistas e a ação sindical, que abram mão já do seu 13º Salário. Dá tempo ao patrão retirá-lo da contabilidade ainda este ano e não efetuar o seu pagamento. Essas pessoas terão um Natal e Ano Novo ‘espetaculares’, sem esse direito que foi uma conquista dos trabalhadores e trabalhadoras fabris de diversas cidades do país, com destaque para os metalúrgicos de São Paulo.
Transformado em lei exatamente em 13 de julho de 1962 quando, já aprovada pelo Senado, foi sancionada pelo então presidente da República, João Goulart. Não sem antes ter sido realizada uma greve geral que durou 18 dias e sob terrível repressão por parte do estado e patrões. Para se ter uma ideia do que isto significou, aqui em São Paulo, trabalhadores e estudantes enfrentaram muitas vezes a dureza da repressão policial deitando-se em meio ao leito carroçável da Avenida Celso Garcia para, em protesto, impedir a passagem dos trólebus. E a cadeia (8º Distrito Policial) ali próximo, na Rua do Hipódromo, ficou de tal modo abarrotada de manifestantes presos que, para fechar as celas da prisão, era preciso a polícia constituir verdadeiro paredão, com vistas a espremê-los todos para dentro daqueles pequenos cubículos.
A defesa que essas pessoas fazem do fim dos direitos trabalhistas em regra revela ignorância, pois se deixam guiar pelo que diz a mídia hegemônica que não é neutra, tem lado, vez que é porta-voz da classe dominante, conforme se pode ver abaixo na manchete do jornal o Globo à época e até hoje contrário à instituição desse importante direito. Ou então canalhice por se tratar de indivíduos bocas de aluguel dos patrões que nunca respeitaram a CLT e tudo têm feito para eliminá-la e deixar os trabalhadores completamente sem qualquer amparo legal.